Méri Cristemas... o tanas!

Tenho tentado. Juro que tenho tentado! Mas devo ter uma espécie de armadura que me impede, este ano, de ser assaltada pelo espírito natalício.

Estão a ver a árvore ranhosa do lado esquerdo? Foi a minha primeira tentativa de entrar na "onda". Mas sempre que olho para ela, só me faz desejar que venha o dia 6 de Janeiro para que ela me desampare a sala.

Já viram o "Sozinho em Nova Iorque"? Deu hoje na tv pela nonagésima terceira vez  e eu fiz um esforço herculeano para o ver... Foi a segunda tentativa e durou dois segundos. Sou uma "gaija" com estômago frágil e aquilo começou a dar-me a volta às tripas.

Mas sou também persistente, teimosa e masoquista. Por isso, vou pedir um dia (a descontar nas minhas férias) ao meu boss para ficar em casa a assistir ao Natal dos Hospitais. E se com isto não conseguir sentir o Natal, conseguirei, pelo menos, sentir calo no rabo.

Caso todos estes esforços se venham a traduzir em autênticos fracassos, restar-me-á embrulhar-me em luzinhas de Natal, adquirir o cd do Toni Carreira e da Popota e ouvi-lo sofregamente, enquanto me empanturro em tudo quanto fôr frito e com cheiro a canela.

 

Eu já vibrei com o Natal. Quando era mesmo Natal. Quando a quadra não era aproveitada de forma descarada para extorquir dinheiro para tudo e mais alguma coisa, como se pobres, doentes, necessitados e crianças vítimas de escravatura ou de violência só existissem nesta época! São pedidos de donativos a torto e a direito, apelos desenfreados à generosidade e ao amor ao próximo, como se a quadra nos tornasse a todos, num simples estalar de dedos, muito bonzinhos e carregadinhos de altruísmo. Parte-se do princípio que no resto do ano somos umas bestas de fazer inveja ao Tio Patinhas.

 

É um cliché, mas é o que me apetece dizer: Natal deveria ser todos os dias.

 

Por estas e por outras é que vou fazer rabanadas... em Agosto.

 

 

publicado por Teia d´Aranha às 23:51 |