"Anita na praia"... que belo título seria! Caso eu me chamasse Anita...

 

Eu sou uma "gaija" com a mania. A verdade, nua e crua, é essa.

 

Com a mania que tenho jeito para (quase) tudo: mania que sei escrever, mania que tenho bom gosto musical, mania que sou a melhor amiga do mundo, mania que faço o melhor bacalhau com natas do prédio (ou do meu andar, vá... que um bocadinho de modéstia também não me fica nada mal), mania que conduzo melhor do que a Elisabete Jacinto (mesmo não sendo eu patrocinada pelo Trifene 200), mania que sou perspicaz e inteligente como tudo, mania que tenho um corpo que só não foi capa da Playboy tuga porque o tamanho do meu cabelo ainda não dá para tapar as mamas, mania que tenho um sentido de humor e um sarcasmo que só as mentes mais iluminadas conseguem captar... Enfim, a lista seria interminável, caso eu tivesse tempo e caso não tivesse ainda de me ir enfiar com urgência na cozinha para fazer uma panelinha de sopa que, para além do bacalhau com natas, é uma das outras iguarias que faço como ninguém.

 

Mas toda esta merda nota introdutória serviu para quê? Serviu para eu vos revelar uma das minha últimas manias, ou seja, a de que sei fotografar, a de que tenho um talento inato para, com uma objectiva, captar aquilo que o comum dos mortais não consegue.

Só que, neste campo, é pura mania mesmo, uma  vez que o meu talento se resume a carregar no botãozinho que imortalizará esta ou aquela imagem. Porque a verdade verdadinha... é que não percebo a ponta d'um chavelho, embora gostasse (e muito) de dominar todas as técnicas e de ter a capacidade de tirar fotos como as que vêm na revista  National Geographic, mesmo que isso implicasse enfiar-me no Botswana à coca de um elefante albino!

 

E foi o que fiz no passado fim-de-semana. Não mergulhei na savana africana, mas desci à praia e, como paleca* que sou, andei de máquina em punho para poder, hoje, partilhar convosco esses momentos e ser, posteriormente, alvo de chacota... Por isso, estais à vontade!

 

(*paleco: nome que os nazarenos dão a quem não nasceu na Nazaré)

 

 

 

A imagem não deixa margem para dúvidas... É verdade, fui passar a Páscoa às Galápagos! Só não dá para ver as tartarugas porque estavam todas a dar banho à carapaça e, mesmo em ritmo acelerado, já não chegaram a tempo de ficar na fotografia. E eu também tenho a mania que não sou "gaija" para ficar à espera...

 

 Apesar das formas fálicas... não... isto não é nas Caldas da Rainha...

 

A praça dos cafés, um dos locais onde as nazarenas se dedicam a um novo desporto que consiste (se é que eu percebi alguma coisa...) em acertar num caixote (que se vê muito mal, ao fundo) com uma bola semelhante às de ténis... Estas mulheres não param de me surpreender!

 

Quando ia eu já lançada para me deitar, pensando que esta era a zona onde um moço de corpo bronzeado e atlético me iria dar uma daquelas massagens de pôr os meus pelinho todos em pé, eis que vejo a placa que me desfez os sonhos... De falta de sinalização e informação, ninguém se poderá queixar!

 

Há quem exponha, sem qualquer pudor, as suas intimidades... mas isso não significa que as misture com as dos demais... Numa corda a lingerie dela, noutra o cuequedo dele.

 

A Naza(ré), vista da Pederneira.

Eu estou algures, no areal, envergando um minúsculo fio dental. Não dá para ver?! Que azar, pá!

 

Há paisagens que já nos surgem emolduradas...

 

Acabei por ter sorte... Não encontrei o tal elefante albino (talvez tivesse ido comprar uns carapaus enjoados), mas aparecereram umas gaivotas que nem se importaram de fazer pose...

 

E pronto, foi isto... o meu fim-de-semana pascal, sem coelhinho nem ovinhos e (quase) monocromático.

 

  

publicado por Teia d´Aranha às 14:50 | Comentar