Sexta-feira, 20.03.09

E se enfiasses o cartão num sítio que eu cá sei?

 

Eu gosto de receber presentes. Gosto. Mas o que mais me agrada nessa demonstração de carinho, de estima, de apreço é quando ocorre sem motivo algum, sem assinalar qualquer data ou acontecimento. Dar por dar apenas. Só porque alguém se lembrou de  mim. E, por incrível que pareça, há quem se recorde da minha existência. Há quem faça questão de sublinhar que sou "especial".

Hoje, ao abrir a minha caixa do correio, lá estava mais uma prova do quanto eu sou importante. Tirei foto e tudo para que o facto ficasse registado para a posteridade.

Como adoro sentir-me assim... mimada! Pela minha família, pelos meus amigos, pelas pessoas com quem mantenho laços de afectividade.

Agora, quem disse à puta da Caixa Geral de Depósitos que ela faz parte desse leque de pessoas?! Quem a convenceu disso?!

E tem mais: presentear-me com uma tonelada de papéis  com o objectivo de me levar a aderir à porcaria de um cartão que eu jamais pedi, não me faz propriamente sentir especial! Sobretudo se tivermos em conta que todo aquele merchandising é pago por todos os contribuintes! Belo exemplo de esforço de redução de despesas, vindo de uma entidade bancária que se diz do estado!

 

Darem-me presentes que eu própria paguei... não, obrigada! Reduzam-me é a prestação mensal do meu empréstimo e parem de esbanjar dinheiro em merdas!

 

Não ficaria muito mais barato ligarem-me a perguntar se estou ou não interessada em determinado serviço?

 

 

 

publicado por Teia d´Aranha às 16:49 | Comentar | Ver comentários (15)
Sexta-feira, 26.12.08

Ora deixa cá ver...

 

... os lacinhos e os papéis de embrulho foram cuidadosamente guardados para voltarem a ser usados no próximo ano,

... a máquina da louça está a lavar... pela sétima vez consecutiva,

... o aspirador está farto de sugar os "despojos de guerra",

... os contentores do lixo, lá fora, vomitam as provas de tanto afecto e festarola,

... as lojas e os hipermercados enchem-se de gente disposta a reclamar a boneca que afinal não faz xixi nem grita "mamã" e a trocar aquele pijama ou roupão demasiado fluorescente que a tia Luísa insiste em ofertar,

... as donas de casa fazem listas de compras para repôr tudo o que foi morfado e emborcado. 

 

 

E, no final, o que mais reconforta, o que mais nos faz suspirar de alívio...

... é que podemos todos voltar à normalidade e aos nossos pacatos dias, onde a rotina é abraçada quase com saudade... (ou não).

 

 

publicado por Teia d´Aranha às 12:15 | Comentar | Ver comentários (28)
Segunda-feira, 15.09.08

Orgulhosamente só ou tristemente acompanhado(a)?

Um filme que vi ontem e uma breve conversa de "gaijas", resultou neste post que corre sérios riscos de ser abordado de forma séria... ou não. Veremos.

 

O ser humano, dizem, não foi feito para viver sozinho. E verificamos que existe  realmente quem não consiga estar só, sem alguém com quem partilhar a sua vida.  E conseguem mesmo permanecer dezenas de anos ao lado do(a) mesmo(a)(a) companheiro(a). Outros há que, posteriormente, quando o que era mágico se torna irritante e insuportável, optam por passar a viver orgulhosamente sós. Sós, mas aliviados e com o seu espaço, o seu tempo e, não raramente, a sua personalidade de volta.

Mas há ainda quem, não por opção, mas por factores de diversa ordem esteja só. Não orgulhosamente só. Apenas só. Carregando o fardo da solidão e arranjando subterfúgios de toda a espécie para camuflar totalmente ou simplesmente maquilhar um vazio emocional.

 

Todos precisamos de afecto, sem dúvida. Mas há quem o reclame, o anseie a tempo inteiro e quem apenas o deseje  em part-time, sem qualquer compromisso ou obrigatoriedade. 

No seguimento do tal filme, a pergunta que ontem deu consistência à conversa com outra "blogueira" aqui do sítio foi:  

 

Viver com alguém só por carência afectiva... justifica-se? Apenas para não sentir o peso da solidão?

 

A minha amiga dizia que com o tempo as pessoas aprendem a gostar. Eu discordei veementemente. Para mim, ou se gosta ou não se gosta, ou se ama ou não se ama. Talvez seja o meu radicalismo a falar mais alto, mas não creio que o tempo opere milagres, que faça nascer sentimentos que nem em estado embrionário se encontram. O que, na minha visão, pode acontecer é criar-se o hábito de estar com aquela pessoa. Mas passar uma vida inteira ou apenas parte dela com alguém por mero hábito é aceitável? Preenche mesmo a necessidade de afecto?

 

publicado por Teia d´Aranha às 18:54 | Comentar | Ver comentários (31)

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