Sábado, 18.09.10

A vida numa caixa...

 

Hoje acordei com vontade de fazer limpeza. Mas não apenas aquela limpeza que consiste em livrar-me do pó e da sujidade que os afazeres do dia-a-dia obrigam a acumular. Dei por mim a rasgar fotografias que me faziam mal. Aquelas que, mesmo fechadas numa caixa, impediam de colocar o passado para trás.

Haverá, certamente, gente a quem isto faz alguma confusão. Gente que guarda tudo religiosamente: fotos, bilhetes de cinema, flores secas, frases escritas em guardanapos de papel, postais... mesmo que algumas dessas recordações sejam difíceis de olhar e de tocar. Mas guardam. Um masoquismo fechado a sete chaves, num qualquer baú ou caixa de cartão lindamente ornamentada, como se isso tornasse a dor mais aceitável e suportável.

Eu não consigo estar refém daquilo que me magoa e me impede de avançar segura, de cara levantada e optimista.

Um dia, alguém me disse que guardarmos "coisas" que nos ligam a um passado (que por isso mesmo, por ser passado, já não existe) é como estarmos a negar a nós próprios o direito de avançar, de olhar o presente de frente e de nos projectarmos no futuro.

Hoje senti-me liberta. Senti que aquelas fotos, agora rasgadas e no caixote do lixo, não serão recuperáveis. E é isso mesmo que eu quero. Um passado irrecuperável.

 

 

(Perdoem-me aqueles que ainda têm a paciência de aqui vir à cata de novidades e que "batem com o nariz na porta". Parem de telefonar para hospitais e casas mortuárias, please! Estou viva e de boa saúde. Mas sem inspiração e com uma vida para além do blog. Tentarei visitar os vossos blogs, agora com mais dificuldade, já que a puta da barra esquerda comeu-me os links... E eu não sei como!!!)

publicado por Teia d´Aranha às 12:17 | Comentar | Ver comentários (17)
Sábado, 24.07.10

Não há volta a dar.

 

São...  42.

 

 


publicado por Teia d´Aranha às 12:12 | Comentar | Ver comentários (37)
Domingo, 11.07.10

Há mulheres com "tomates"...

 

... é o meu único comentário a este filme. Tenho dito.

 

 

 

publicado por Teia d´Aranha às 20:21 | Comentar | Ver comentários (9)
Domingo, 30.05.10

Andei tanto tempo enganada!

 

Descobri hoje que afinal... gosto de cerveja. Cerveja mesmo, sem groselha ou outras mixórdias à mistura.

 

Descobri que muito sol, uma esplanada, conversa agradável, risadas e... cerveja... fazem-nos renascer.

 

 

Fica-se é com uma moleza do caraças...

 

publicado por Teia d´Aranha às 22:43 | Comentar | Ver comentários (21)
Sábado, 08.05.10

E o burro sou eu?!

 

Hoje, durante o pequeno-almoço:

 

D - Não quero ir à escola...

 

Teia - Mas hoje não há escola. É fim-de-semana! Amanhã ainda é domingo...

 

D - Claro que é domingo! Achas que eu sou burro ou quê?! (pequena pausa) Sabes... não devia ser DOMINGO - SEGUNDA... Não soa bem!

 

 

 

Conclusão: assusta-me que uma criança com 7 anos tenha já uma percepção tão clara da realidade.

 

publicado por Teia d´Aranha às 11:34 | Comentar | Ver comentários (11)
Domingo, 25.04.10

De volta

 

Depois do post anterior... a vida regressou à normalidade. E eu, tão avessa que sou às rotinas, cumpro essa normalidade sem o menor constrangimento e com um enorme prazer.

publicado por Teia d´Aranha às 01:32 | Comentar | Ver comentários (4)
Sexta-feira, 16.04.10

Se calhar já é tempo de dar notícias, não?

 

Não me vou demorar. Nem sequer precisam de me mandar entrar, até porque estou com as galochas todas molhadas. Também vou recusar o cafézinho porque tenho andado a "modes" que a abusar dele.

 

Vim só dizer que estas duas últimas semanas têm sido bastante complicadas, que grande parte do tempo estive no hospital a acompanhar o meu rebento mais velho. Ainda não está tudo resolvido, mas há-de ficar, não só porque eu quero, mas porque exijo à vida que assim seja!

 

Apresentado o motivo, julgo ser mais do que compreensível o meu afastamento, embora tenha, uma vez ou outra, passado os olhos nos "meus" (vossos) blogues para ver como paravam as "modas" e, em muitos casos, para me animar com coisas como esta.

 

Prometo ir voltando... a pouco e pouco, mas com mais ânimo ( e sempre sem tento na língua!).

 

 

publicado por Teia d´Aranha às 14:20 | Comentar | Ver comentários (18)
Quarta-feira, 03.03.10

Inocência é não pensar

 

Quando eu era criança ( e como todas elas... ou não) acreditava que existia, a par do nosso, um mundo povoado por fadas, ostentando asas coloridas e munidas de varinhas de condão. Por momentos, fechava os olhos com toda a força e implorava que essas pequenas e delicadas criaturas viessem em meu auxílio sempre que eu me metia numa alhada: suplicava que restituissem a forma original àquela jarra que eu acabara de transformar em cacos, que pusessem como novo aquele vestido que eu rasgara, que fizessem, por mim, aqueles trabalhos de matemática que eu tanto odiava.

Não sei se a falta de irmãos explica este meu refúgio num mundo imaginário e repleto de fantasia, mas o facto é que acreditar piamente naqueles seres fantásticos me dava alguma segurança e diminuia a minha solidão, mesmo que nenhum dos meus desejos se realizasse. E, nessa altura, eu desculpabilizava as fadas, arranjando como argumento a existência de inúmeros pedidos de outras crianças que elas teriam em lista de espera e que andariam, provavelmente, a satisfazer. Só não tinha ainda chegado a minha vez. Apenas isso.

 

Mas se acreditar em fadas me colocava numa zona de conforto, o mesmo já não se passava com a famigerada ameaça do Papão. O Papão era aquela criatura temida por toda a pequenada que abominava a sopa, as hortaliças, o peixe e afins. Eu imaginava-o sempre como sendo um homenzarrão carrancudo, com voz cavernosa e inimigo de todos os petizes e que, um dia,  viria do nada e me levaria para longe dos meus pais sem me dar sequer tempo de pronunciar um "ai".

A mim, diziam-me que, caso eu não engolisse tudo o que tinha no prato, o senhor Papão viria com o enorme saco, que trazia sempre às costas, onde me enfiaria para me levar para (supunha eu) um lugar onde estavam todas as crianças que, tal como eu, não morriam de amores pela comida que lhes colocavam à frente.

O temor por aquela abominável criatura nem sempre me fez obedecer, mas desenvolveu em mim algumas artimanhas, como colocar a comida no balde do lixo, bem (mas não suficientemente) escondida e, mais tarde, despejá-la directamente pela sanita abaixo.

 

 

As fadas e o Papão assinalaram a minha ( e talvez a vossa) infância, fase da vida em que a nossa inocência justificava tudo... ou quase tudo.

 

Hoje lamento ter perdido essa inocência. Hoje dava-me jeito acreditar em fadas. Sobretudo em fadas que destruíssem todos os papões que têm a ousadia de se atravessar no nosso caminho. Hoje dava-me jeito fechar os olhos e, quando os abrisse, tudo estaria no devido lugar. Até a vida.

 

 

 

publicado por Teia d´Aranha às 21:12 | Comentar | Ver comentários (14)
Domingo, 24.01.10

E Alpalhão não vale!

 

Sabem aquelas alturas em que parece que o marasmo se instalou de armas e bagagens na nossa vidinha? Em que o dia de hoje é a cara chapada do de ontem e apresenta contornos semelhantes ao de amanhã? Pronto... esse é o sentimento que me tem dominado. E se há gaja a quem a rotina provoca uma comichão do caraças e uma azia desgraçada, essa gaja sou eu!

 

Vai daí, numa tentativa deseperada de muda-de-vida-antes-que-o-ponto-alto-dos-teus-dias-seja-o-trajecto-para-o-centro-de-dia-numa-carrinha-repleta-de-séniores, resolvi que está na hora de acordar e de arregaçar as mangas antes que seja tarde demais e me encontrem num qualquer Bingo, rodeada de amigas septuagenárias, excitadíssimas com a perspectiva de fazer mais uma linha.

 

A teoria é uma coisa muito bonita, sim senhora, mas, na prática, começo por onde? perguntei a mim própria. Ó estúpida, começas por levantar o cu do sofá e bazares de casa! respondi também a mim própria, tentando pôr termo a este descabido monólogo interior. Ok, ok... e bazo para onde? voltei teimosamente a perguntar ao meu alter-ego. Epá, és acéfala?! Pensa, mula! repondeu aquela parte de mim mais carinhosa e que quase sempre me caracteriza.

 

Como ser obediente é também uma das qualidades mais marcantes da minha personalidade ( bem, abelha!), pensei... pensei... voltei a pensar e concluí que levantar o cu do sofá e bazar de casa não chega. Isso já eu faço para ir trabalhar, para ir ao supermercado ou para levar o lixo ao contentor. Não basta bazar uns minutos ou umas horas, pois, como eu sempre digo, "se é para fazer... que seja em grande!". Há que dar à sola, é verdade, mas acompanhada de uma mochila com umas mudas de roupa e com o depósito do carro atestado.

E é aqui que vocês entram! Entram, não no meu carro, mas neste esforço de dar um pontapé à monotonia e um soco à Sá Pinto na pasmaceira.

 

 

O meu pedido é coisa simples: puxem pela cabecinha e recorram aos vossos conhecimentos geográficos/turísticos e deixem aqui sugestões de destinos (tipo vá pra fora cá dentro/escapadinha) que encham as medidas a qualquer um. Mas como eu não sou qualquer uma, esses destinos têm de obedecer obrigatoriamente a determinados requisitos, a saber:

 

- sossego q.b.,

- paisagens de tirar o fôlego,

- gastronomia de comer e chorar por mais,

- alojamento que esteja um nível acima da Pensão Estrelinha e um nível abaixo do Hilton Vilamoura.

 

Juro que tentei não vos meter ao barulho e para isso, confesso, até fui buscar um mapa, fechei os olhos e lancei o dedo em direcção ao desconhecido, fazendo figas para que esse desconhecido não implicasse coisas como tendas de campismo e sacos-cama. E o que ditou a sorte...? ALPALHÃO (wtf?!).

Respirei fundo, pus de lado as minhas reservas em relação ao nome da terra e fui investigar. Às tantas, no meio da minha intensa e animada pesquisa, deparo-me uma imagem daquela singela localidade que me prega ao monitor:

 

 

Caros amigos, se o ex-libris de uma localidade for uma escultura representando um dedo que aponta vigorosamente para o céu, um monumento consagrado às manicures... não contem lá comigo! Alpalhão não vale!

 

Bora lá sugerir outra coisa que isto é coisa p'ra ontem!

  

 

publicado por Teia d´Aranha às 20:10 | Comentar | Ver comentários (40)
Domingo, 17.01.10

We are not swans. We are sharks.

 

 

 

"Make no mistake your relationships are the heaviest components in your life. All those negotiations and arguments and secrets, the compromises. The slower we move the faster we die. Make no mistake, moving is living. Some animals were meant to carry each other to live symbiotically over a lifetime. Star crossed lovers, monogamous swans. We are not swans. We are sharks." 

 

 

(Pode não ter um argumento brilhante, mas dará, com certeza, para alegrar as vistas e para pensarmos na metafísica da vida. E eu prometo fazê-lo por esta mesma ordem.)

 

 

publicado por Teia d´Aranha às 11:07 | Comentar | Ver comentários (12)

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