Queca a contra-relógio

Não sei se me descabelo, se arranco à dentada as cutículas ou as unhas dos pés, se me chicoteio... Esta semana têm acontecido coisas levadas da breca no nosso país: jogos de futebol com resultados dignos de campeonatos... estrangeiros, Filipes que se demitem e outros que nem por isso, temporais que estragam planos de fim-de-semana de rambóia... Enfim, cenários capazes de nos levar a meter baixa ad eternum...

 

E se julgam que a coisa mais negra não poderia ficar... desenganem-se! Não é que acabo de ligar o televisor e, num daqueles programas super educativos das manhãs do nosso panorama televisivo, o tema é... "Tempo ideal de uma relação sexual". E qual é a novidade? Ok... absolutamente nenhuma!

 

Agora, se eu vos disser que estão a debater o tema ilustres convidados e entendidos na matéria como uma Arlinda Mestre, uma Cristina Areias, um Vítor Espadinha? E se acrescentar ainda que entrou em linha no programa... José Cid?

Como é que um cantor como Vítor Espadinha, que canta "Sim eu sei que tudo são recordações", está habilitado a falar de sexo? Será que ainda se lembra como é?

E José Cid? Que eu saiba, o mais próximo que esteve de sentimentos que despertam a luxúria foi quando cantarolou  estrondosos êxitos onde era feito o elogio  às favas com chouriço e ao macaco que gosta de bananas!  E vem o "gaijo" para a televisão dizer que uma mulher com mamas descaídas, com celulite, com banhas lhe tira a vontade de copular?! Um tipo que tem capachinho, olho de vidro e sabe se lá quantas mais próteses?!

 

É por esta e por outras... que prefiro ver o "National Geographic"...

 

P.S.: Ninguém chegou à conclusão do tempo ideal de uma... queca...

 

(Black Sabbath - Paranoid)

 

Sinto-me: sem saber onde me meter!
publicado por Teia d´Aranha às 12:14 | Comentar