Amor, traz-me um copo d'água!

 

 

O mal deve ser geral: em Agosto até a inspiração vai a banhos e o cérebro adormece. No meu caso, até acho que parou por completo... Já houve inclusive quem me tivesse feito esse reparo...

Hoje deu-me vontade de escrever, mas foi como se quisesse fazer um bolo e verificasse que não tinha nem farinha nem açúcar ( e não me venham dizer que posso fazer um bolo sem farinha e sem açúcar! Deixem-se de merdas tretas!).

Estava eu a comentar isto mesmo com a irracional, quando a "gaija" sugere: "E que tal se eu te desse um título para dissertares e tu davas-me um a mim?"

Toda a minha vida tem sido assim: se não são os problemas a procurarem-me... sou eu que os procuro. Por isso, quando a menina veio com aquele paleio, não virei a cara e disse-lhe logo: "Tu arranjas títulos do caralhinho arco da velha, mas chuta aí!". E ela não se fez rogada e atirou-me com o de hoje. Já eu, menina comedida e que se rege pelos valores mais sagrados, espetei-lhe com o título "Os degraus do coração" (coisinha mais deprimente!).

Bem, conversa para aqui, treta para acolá e acordámos que cada uma de nós pegaria nos dois temas nos respectivos blogs para vermos as diferenças entre as duas pérolas literárias, de fazer inveja às Páginas Amarelas.

 

"Amor, traz-me um copo de água!" não foi um título que me tivesse dado grandes dores de cabeça porque, para mim, amor e água... têm uma relação estreita, muito estreita mesmo.

Eu tinha jurado a mim mesma nunca falar da minha vida sexual neste espaço (sim... também tenho vida sexual... por incrível que pareça!), mas hoje vou ter de romper com essa promessa e abrir a janela da minha intimidade (É apenas a janela, não pensem que vou escancarar a porta!).

Todos temos hábitos, manias, rituais e no acto propriamente dito há comportamentos que se repetem, acções personalizadas. Há quem chame por Deus, quem morda os lençóis, quem enterre as unhas no corpo do/a parceiro/a... e toda uma panóplia de atitudes animalescas, cuja inactividade cerebral que acuso neste preciso instante não me permite recordar.

 

Agora arregalem os olhinhos que vem aí bomba: o que faço eu?... Eu...eu... eu bebo litros de água! Dá-me securas, muitas securas... Mas, por norma, o que acontece? Acontece que na loucura do momento não me vem à idéia levar a reboque  o garrafão (ok! É apenas uma garrafa) e nem me atrevo a interromper o "andamento". Julgo que não seria lá muito oportuno soltar algo como: Meu querido, aguenta aí os cavalos que vou rapidinho à cozinha buscar um copázio d'água e já acabamos de tratar do nosso "dossiê"... Por isso, tenho duas hipóteses: ou bebo água feita camelo antes de... ou enfio o garrafão do precioso líquido pela goela abaixo no fim...

 

Pelo sim, pelo não... hoje fui às compras e trouxe dois garrafões...

 (Smoke City - Underwater Love)

 

Sinto-me: cerebralmente... inactiva...
publicado por Teia d´Aranha às 23:29 |