Que me caia já um raio na tola se eu falar no "Revelhão"!

 

É tão lixadinho estar com um formigueiro do caraças nos dedos, mortinha por escrever, por produzir aquele que muito provavelmente será o derradeiro post de 2008 e depois, quando sento o rabo na cadeira e ponho as manápulas no teclado, o que é que acontece? Nada! Népia! Nicles batatóides! Não há assunto!

 

Ainda pensei em dizer cobras e lagartos sobre a Passagem de Ano (ou Réveillon para dar um toque de chic!), sobre a piada que acho às listas que se fazem por aí, cheias de desejos e de planos para o ano que se avizinha, sobre o dinheirão que se gasta só para festejar aquilo que mais não é do que a transição de um dia para outro. Pensei... pensei mesmo.

Tudo bem... Já sei que este ano até vamos ter um segundo a mais devido aos caprichos da rotação da Terra e o diabo a sete, mas daí a ser motivo para engolir passas de uva como se fosse a maior das iguarias, para abrir garrafas de Champomi ou de Asti umas atrás das outras e para beijar tudo quanto é bochecha (ou beiças)... vai uma grande distância!

Pensei mesmo em escrever sobre estas tretas todas, mas depois não me apeteceu ouvir "Pronto, lá estás tu com o teu feitio do caralhinho! Não achas piada ao Natal, à Passagem de Ano... a nada!"  

 

(E mal sabem que odeio o Carnaval! Mas mais tarde, lá para Fevereiro, falamos...)

 

Não se trata de não achar piada, trata-se de não me apetecer, por exemplo, embarcar em certos rituais só por que sim. Por que raio não hei-de eu trocar as passas de uva por tremoços ou azeitonas? O Asti por uma cervejola ou um Bongo?

 

E depois há os desejos... Um por cada bago de uva mirrada, ou seja, doze!!! Mas quem é que tem assim tanto desejo para formular num tão curto espaço de tempo?! Quem é que se lembra de todos eles depois?! Não brinquem comigo!!! Aposto a colcha de renda da minha bisavó em como a maioria do pessoal, passados uns minutos, não se recorda nem de metade. Quanto mais de doze!

 

E os destinos? Hoje, os serviços noticiosos davam conta que as paragens mais calientes (Brasil, Cabo Verde...) continuam nas preferências dos Portugueses, mas o Allgarve e a Madeira ainda dão cartas. Só uma dúvida: não era suposto estarmos em crise? Recessão económica, contenção de despesas... não vos diz nada?

 

Quanto à minha pessoa, das duas... uma: ou opto por uma Passagem de Ano sem atropelos nem chavascal e, nesse caso, deito-me aí por volta das 22h que é para não ter de levar com os foguetes e morteiros... ou, então, escolho um programa com mais emoção, mais adrenalina e mais exotismo e vou para o Bairro do Cerco.

Mas decido no próprio dia. Hoje, não. É que ainda estou aqui numa ginástica mental tremenda em busca de tema para o post...

 

 

publicado por Teia d´Aranha às 23:57 |