Hoje é dia de renascimento
Perguntam-me algumas vezes por que deixei de escrever. Não sei, respondo sempre. Não tenho nada para dizer, acrescento. Mentira óbvia. Temos sempre algo para dizer, quanto mais não seja que estamos vivos, que ainda respiramos, que ainda existimos. É quase como quando vamos no elevador com um vizinho e se instala aquele silêncio constrangedor. Podemos sempre falar do tempo. Por alguma insistência (sim, André... A tua, sobretudo!), vim hoje quebrar o silêncio de meses e dizer isso mesmo: estou viva!
Tenho pensado frequentemente em voltar a escrever e confesso até que sinto alguma saudade do tempo em que este blog andava numa roda viva com posts e comentários a toda a hora. ( E, porra, faz-me falta a escrita!) Mas hoje andamos todos mais dispersos e com um ritmo de vida cada vez mais acelerado. Ou são apenas desculpas. No fundo, sei que são.
O meu problema, bem vistas as coisas, não é o tempo que escasseia ou a velocidade que os dias me impõem. O meu problema, hoje, é que entre a primeira letra e o ponto final fica um enorme espaço que me custa preencher. Só e apenas isso.