Há mulheres com "tomates"...
... é o meu único comentário a este filme. Tenho dito.
Clint Eastwood, realizador notável. Morgan Freeman e Matt Damon, desempenho irrepreensível. Invictus, um filme onde o rugby é apenas o pretexto para mostrar que a determinação e a força interior podem ser o motor da mudança.
E por tudo isto... não me importei de ter almoçado fora de horas. Valeu a pena. Recomendo.
"Make no mistake your relationships are the heaviest components in your life. All those negotiations and arguments and secrets, the compromises. The slower we move the faster we die. Make no mistake, moving is living. Some animals were meant to carry each other to live symbiotically over a lifetime. Star crossed lovers, monogamous swans. We are not swans. We are sharks."
(Pode não ter um argumento brilhante, mas dará, com certeza, para alegrar as vistas e para pensarmos na metafísica da vida. E eu prometo fazê-lo por esta mesma ordem.)
Há coisas na minha vida que eu dispensava de bom grado, sem qualquer arrependimento, sem sequer pestanejar. Coisas como passar três horas de domingo a passar a ferro (não tivesses deixado acumular a roupinha! Pode ser que assim aprendas a não ser mula e a não passares o sábado sem fazer puto!), coisas como ouvir os gritos de júbilo de um dos meus vizinhos sempre que o Benfica marca ou o Sporting falha, coisas como reuniões de trabalho marcadas para um fim de tarde para o qual eu já tinha planos para algo bem mais proveitoso... Mas, pronto, são coisas que, quer queiramos quer não, temos de levar com elas e , como diz o outro, "aguenta e não chora"!
Agora, coisa bem pior do que ter de despachar um camião de roupa que clama por ferro é sentarmo-nos no sofá para o merecido descanso e sermos informados que a mini-série "A vida privada de Salazar" vai passar para o grande ecrã!
A sério... eu vi muito pouco da série e quando digo muito pouco é para não dizer quase nada, mas havia necessidade de a transformar em filme?!
Já sei, já sei... a facção masculina vai argumentar " Epá, mas tem a Soraia, tem a Soraia Chaves!". Ok, eu até admito que a miúda dá um, digamos, certo colorido à trama, mas o meu "problema" é que "Epá, mas tem o Diogo, tem o Diogo Morgado!".
Será que sou só eu que acho que o Diogo Morgado pode servir muito bem para os sketches d' "Os malucos do riso", mas para o papel de Salazar precisa de, pelo menos, envelhecer? Sim, porque para além de uma representação fraquinha, aquela caracterização da personagem é de bradar aos céus!
Convencê-lo de que ele encarna Salazar na perfeição é quase tão horripilante como dizer ao outrora pequeno Saúl que bastava ele colocar um bigode, um chapéu e cantar coisas que metessem a palavra "alho" para se tornar num verdadeiro Quim Barreiros... ou então... dizer à Eunice Muñoz que ela pode perfeitamente integrar o elenco da canalha dos "Morangos com Açúcar", bastando para isso vestir-se da cabeça aos pés com tudo que seja da Hello Kitty e grunhir umas frases do tipo "ganda cena!, Tasse? Bora lá? "...
Haja paciência!
Agora, se me derem licença, vou ali arrumar a pilha de roupa nos roupeiros... e já volto.
... a nostalgia tomou conta de mim. E não sei por que carga de água, o meu pensamento foi assaltado por filmes e por músicas que já estavam guardados naquele canto mais empoeirado da minha memória. E desde então, esta banda sonora não me tem largado.
Deduzo que terá uma razão de ser.
Não sei é qual.
(Bagdad Café - Calling You)