... a nostalgia tomou conta de mim. E não sei por que carga de água, o meu pensamento foi assaltado por filmes e por músicas que já estavam guardados naquele canto mais empoeirado da minha memória. E desde então, esta banda sonora não me tem largado.
Há por aí "gaijas" que devem pensar que não tenho nada mais estimulante para fazer do que andar a responder a desafios! Quero ver se depois vêm cá a casa passar a pilha de roupa que aguarda ferro, lavar os tectos e as paredes, encerar o chão, polir as pratas e cortar a relva...
Pois tinha eu já elaborado o meu "planning" de tarefas para o fim-de-semana, quando a menina Reticências achou por bem dar-me sarna para me coçar. Vai daí, vou ser "obrigada" a pensar na minha vidinha e descrever com seis palavras (!) uma memória. Seis palavras... e por que não duas, já agora?!
É uma árdua tarefa, pois seis palavras é muito redutor para descrever um momento que nos marcou. Porque as memórias são isso mesmo: momentos que positiva ou negativamente deixaram rasto...
Há uns anos, no meu aniversário, ofereceram-me um livro. Abri-o e quem mo deu, tinha escrito esta frase:
"Sê feliz e que nada mais te importe..."
Li o livro em dois ou três dias e, no final, arrumei-o na estante junto a tantos outros. Mas fui buscá-lo vezes sem conta... não para o reler, mas por causa daquela frase que não parava de ecoar dentro de mim e que eu calava cada vez que fechava o livro e o repunha na estante.
Foi assim... durante anos. Até ao dia em que decidi que os desejos, mesmo os mais íntimos, não devem ser abafados e muito menos... adiados ou colocados numa "prateleira", à espera que alguém lhes dê vida. Nesse dia, abri o livro e não mais o fechei...
Agora, vem aquela parte de dar este "miminho" a outras seis pessoas (doce vingança!). Desculpem aqueles a quem "castigo" sempre, mas é mais forte do que eu!