Quarta-feira, 25.11.09

O que é nacional (também) é (muito) bom

 

É tipicamente português menosprezar o que é nacional e achar que cá é tudo uma valente bosta. Não somos perfeitos, é uma verdade indiscutível.

 

Temos um sistema de saúde com imensas falhas; um custo de vida elevado, comparativamente aos ordenados da maioria dos portugueses; uma justiça de eficácia extremamente duvidosa; uma burocracia desmedida para resolução das coisas mais simples; uma corrupção instalada em quase todos os sectores e... fico-me por aqui.

Mas temos também, em vários domínios, gente com enormes capacidades e  espírito empreendedor que vai teimando em não arredar pé daqui para fora, apesar das poucas condições e apoios oferecidos. Temos produtos em condições de rivalizar com quaisquer outros (quem não prefere um bom queijo da Serra da Estrela ou de Azeitão em vez de um Camembert ou de um Roquefort? Um bom vinho alentejano em vez de um bordeaux?). Temos paisagens de uma beleza inigualável, que muitos nem se dão ao trabalho de descobrir, preferindo paragens longínquas e tropicais. Temos talentos reconhecidos nos vários campos artísticos, desde a literatura ao desporto. Temos o "desenrascanço", capacidade invejada por todos os outros povos e que parece fazer parte apenas dos nossos genes. E temos até a Saudade que, li eu algures, é a sétima palavra mais difícil de traduzir.

 

Não somos piores nem melhores do que ninguém.

Somos nós. Portugueses.

Gente com alma e coração. Com o coração demasiado perto da boca, eu sei, mas até nisso somos genuínos.

 

Pessoalmente, custa-me ouvir gente que reclama, que lastima, que pragueja por tudo e por nada, mas que não move uma palha para modificar, para melhorar. E, infelizmente, essa característica é também muito nossa. Muito tuga.

 

 

Orgulho. É talvez o que nos falta. 

 

 

 

(Ando apaixonada por esta versão do "Dancing in the Dark" de Bruce Springsteen, aqui interpretada por At Freddy's House. E não se deixem enganar... At Freddy's House é... "produto" nacional!)

 

 

 

publicado por Teia d´Aranha às 21:00 | Comentar | Ver comentários (20)
Sábado, 24.05.08

Felipão, amor, chega aqui...

... tu sabes que, ao contrário de muitos Portugueses, eu até te curto e acho-te um "cara légau", mas... se te atreves a aparecer novamente ao lado do Roberto Leal (que como se não bastasse ainda levou a reboque o "rebento")... aquele anúncio publicitário em que equacionas dedicar-te à vinicultura passará a fazer todo o sentido... E desconfio que aí só terás mesmo o apoio do Murtosa!

Ah! Só mais uma coisinha: diz lá aos teus conterrâneos, os famosos "Canta Bahia", que podem continuar a  esbanjar talento com canções de apoio à selecção... mas à deles, à do Brasil, no próximo Mundial ou na futura Copa América... É que lá por nós, Portugueses, termos um seleccionador brasileiro, isso não significa que transformemos o Euro2008 num Carnaval da Mealhada! Por essa ordem de ideias, daqui a nada, temos os Gipsy Kings à perna, a brindarem-nos com um festival de música cigana só porque temos um lelo que joga à bola!

 

Até parece que não bastava já levar com aquela "papoila saltitante" a berrar "olhá trivela, olhá trivela, olé olé... É do Quaresma, é do Quaresma, olé olé"...

 

Valha-nos Nossa Senhora do Caravaggio!

 

 (HIM - Wicked Game)

 

Sinto-me: com vontade de dar recados...
publicado por Teia d´Aranha às 00:46 | Comentar | Ver comentários (36)

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