... é que, num abrir e fechar de olhos, passamos...
...de bestiais a bestas,
... de presença reconfortante a presença indesejável,
... de voz que se quer ouvir a boca que se quer calada,
... de olhos que se procuram a olhar que se evita,
... de imprescindíveis a dispensáveis.
Há lições na vida que deveríamos aprender de uma vez por todas: as pessoas não são interruptores que ligamos e desligamos a nosso belo prazer... Mesmo aquelas que parecem ser suficientemente fortes para esse "on-off". Porque essa força nem sempre é tão grande quanto parece, porque o constante ligar-desligar desgasta, cansa, magoa, fere e destrói. E, um dia, o estrago provocado será irreparável... Dolorosamente irreparável.
Mas esquecemo-nos disso rapidamente, não é? Sobretudo quando reaprendemos a sorrir, a viver e quando a luz, que até há bem pouco tempo nos era vital, começa a encandear e a dar vontade de voltar a desligar.